Você é como um barco dos sonhos navegando em meus pensamentos, você navega em mares secretos, teu cheiro ainda traz um frescor, seu toque é leve e ao mesmo tempo intenso. Eu vejo corais da cor da paixão. Eu sinto ainda aquela maresia em meu rosto. Quando estou dormindo é quando te sinto mais próximo. Eu te vi em meus sonhos, nele, o mar estava em fúria, mas logo depois calmo. Você é isto, é uma mistura antagônica. Você me cerca, me ronda, me vira de cabeça pra baixo. Eu te digo: - Calma, marujo! Está chegando seu dia de ancorar.
Mas eu apenas ouço seu canto e leio tuas cartas deixadas numa garrafa em alto mar em algum lugar do meu sonho. Você desaparece na imensidão. Seu canto e sua carta me envolvem. Estou estudando durante o dia, mas ao anoitecer você retorna ao meu descanso. Eu estou deitada, e sonho tudo novamente. É somente quando durmo que te vejo.
(Bruna Albuquerque)
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